Os Borgonhas de Giles Ballorin

Semana passada tive o privilégio e a alegria de participar de uma degustação muito especial dos Borgonhas artesanais e biodinâmicos do Domaine Ballorin et F. Essas verdadeiras jóias, nascem das mãos de Giles Ballorin, um produtor que conhece e respeita muito seu terroir, e sabe como ninguém extrair dele o melhor, sem agredí-lo.

O convite partiu do Beto do blog Papo de Vinho, que conhece Giles de perto e o encontro aconteceu no Empório Vila Buarque, um verdadeiro oásis, dentro de São Paulo.

Foram 6 vinhos provados, 1 rosé mais 5 tintos. Vamos às impressões:

Marsannay Rosé
Cor salmão alaranjado, um nariz muito floral e mineral, mas na boca bem diferente, certa untuosidade, amanteigado e leve amargor. Esqueça daquela fruta vermelha fresca. Um rosé bem diferente e gastronômico.

Passetoutgrains Le Temeraire 2007
Um corte de Gammay e Pinot Noir. Rubi claro, translúcido e de cara um toque animal (carne crua) e em segundo plano a fruta em compota delicada. Na boca, corpo médio, a fruta vermelha fresca, boa acidez e conjunto equilibrado.

Bourgogne Pinot Noir “Le Bon” 2007
Também de linda cor rubi claro, aromas inicialmente sem complexidade de frutas vermelhas (framboesa, cereja) e um toque de creme holandês, mas que após um tempo na taça, evoluiu para um café sensacional. Taninos muito finos e ótima acidez. Para mim, o melhor custo-benefício da noite.

Côtes de Nuits Villages 2007
Mais complexo que os anteriores no nariz – frutas vermelhas, especiarias (canela). Na boca se repetem as frutas e especiarias, taninos firmes, acidez elevada, equilibrado e longo final.

Fixin 2007 Les Chevenieres
Apenas 12% de álcool. Fruta fresca madura delicada no nariz, o mais equilibrado e redondo de todos, pronto para consumo. Evolução aromática impressionante para cravo, canela, café, caramelo e couro. Foi o que mais gostei do painel.

Nuits St Georges 2007
O mais estruturado de todos. Um vinho para se beber sem pressa, pois sua evolução na taça é incrível. Aromas de rosas, couro, terroso, especiarias, taninos mais rústicos. Um vinho que evoluirá muito nos próximos anos.

O fato marcante dessa degustação foi perceber toda sutileza e vivacidade dos borgonhas. Durante a degustação, eu e o João Felipe, ficamos brincando de comparar o mesmo vinho em taças de diferentes formatos. Impressionante a diferença!

Para fechar a noite com chave de ouro, o Marcelo di Morais nos presenteou com um polpetone com nhoque recheado, preparado pela Sayonara.

Se quiser conhecer um lugar especial em São Paulo, para beber bons vinhos e ser recebido com todo carinho, visite o Empório & Bistrô Vila Buarque. Fica na Rua Major Sertório, 561 – Vila Buarque. Procure pelo Marcelo, ele lhe receberá de braços abertos.

Esses borgonhas muito especiais, você encontra no empório e também na Santa Ceia Vinhos.

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