Vinhos brancos brasileiros, bons e baratos

Apesar do brasileiro de forma geral, ainda não seja muito receptivo aos vinhos brancos, acredito que nosso país tem uma grande vocação para produzir esse vinhos, visto os ótimos resultados que temos conseguido com nossos espumantes.

A Salton, por exemplo, lançou recentemente novidades em suas linhas, Classic e Volpi. A linha Classic é a linha mais básica e a Volpi, uma acima. Como sou louco por vinhos brancos, resolvi conseguir umas garrafas com eles, e chamei meus dois confrades, Cristiano (Vivendo Vinhos) e Jean (O Tanino), para avaliar esses lançamentos. Será que se saíram bem?

Os resultados você confere abaixo:

Salton Classic Riesling 2009

Começamos pela linha Classic, o Riesling, que na verdade é feito da uva Riesling Itálico. De cor palha bem claro é fresco no nariz onde predominam as frutas brancas e um toque floral. Faltou um pouco mais de acidez, mas de modo geral, agrada.

Salton Classic Chardonnay 2009

O chardonnay surpreendeu – também de cor palha bem claro, percebe-se mais nuances no nariz com aromas de lichia, uva itália e um toque leve de baunilha devido aos 4 meses que passa em barrica. Corpo leve, mas com um pouco mais de untuosidade do que o primeiro. Por R$ 15,00? Ótima compra.

Salton Volpi Sauvignon Blanc 2009

Em seguida partimos para a linha Volpi, que é feita com mais cuidado. De cor palha bem claro como os anteriores, apresenta aromas cítricos de maracuja e maçã verde. Na boca é ligeiro, mas com boa acidez, típica dos vinhos dessa uva. Um sauvignon blanc correto e de acordo com sua faixa de preço de R$ 25,00.

Salton Volpi Gewurztraminer 2009

E por fim, o gewurztraminer, a grande surpresa da noite. De aroma mais complexo que os anteriores, percebemos notas florais, herbáceo, laranja e baunilha – lembrou muito um vinho de sobremesa. É daqueles que chamam o próximo gole. Por R$ 25,00, é um excelente custo-benefício.

Essa foi uma experiência diferente. Mas por quê? Explico:

Normalmente participamos de degustações onde são sempre apresentados os grandes vinhos, aqueles que inevitavelmente estão num patamar de qualidade média-alta, com mínimas arestas, mas são, em sua maioria, inviáveis para o consumo no dia-a-dia. Quando surgiu essa oportunidade de experimentar vinhos brancos brasileiros, de linhas mais básicas, ficamos muito ansiosos, mas o resultado, num consenso geral, foi muito positivo.

São bons vinhos, para consumo rápido, que permitem tanto aos novos consumidores experimentar e descobrir novos aromas e sabores, quanto aos já consumidores habituais, desfrutar de produtos de boa qualidade a preço justo.

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