A Salton, por exemplo, lançou recentemente novidades em suas linhas, Classic e Volpi. A linha Classic é a linha mais básica e a Volpi, uma acima. Como sou louco por vinhos brancos, resolvi conseguir umas garrafas com eles, e chamei meus dois confrades, Cristiano (Vivendo Vinhos) e Jean (O Tanino), para avaliar esses lançamentos. Será que se saíram bem?
Começamos pela linha Classic, o Riesling, que na verdade é feito da uva Riesling Itálico. De cor palha bem claro é fresco no nariz onde predominam as frutas brancas e um toque floral. Faltou um pouco mais de acidez, mas de modo geral, agrada.
O chardonnay surpreendeu – também de cor palha bem claro, percebe-se mais nuances no nariz com aromas de lichia, uva itália e um toque leve de baunilha devido aos 4 meses que passa em barrica. Corpo leve, mas com um pouco mais de untuosidade do que o primeiro. Por R$ 15,00? Ótima compra.
Em seguida partimos para a linha Volpi, que é feita com mais cuidado. De cor palha bem claro como os anteriores, apresenta aromas cítricos de maracuja e maçã verde. Na boca é ligeiro, mas com boa acidez, típica dos vinhos dessa uva. Um sauvignon blanc correto e de acordo com sua faixa de preço de R$ 25,00.
E por fim, o gewurztraminer, a grande surpresa da noite. De aroma mais complexo que os anteriores, percebemos notas florais, herbáceo, laranja e baunilha – lembrou muito um vinho de sobremesa. É daqueles que chamam o próximo gole. Por R$ 25,00, é um excelente custo-benefício.
Normalmente participamos de degustações onde são sempre apresentados os grandes vinhos, aqueles que inevitavelmente estão num patamar de qualidade média-alta, com mínimas arestas, mas são, em sua maioria, inviáveis para o consumo no dia-a-dia. Quando surgiu essa oportunidade de experimentar vinhos brancos brasileiros, de linhas mais básicas, ficamos muito ansiosos, mas o resultado, num consenso geral, foi muito positivo.