Provei os vinhos do Galvão Bueno

buenowines00Provavelmente você deve conhecer Galvão Bueno, o narrador mais famoso e polêmico do Brasil. O que talvez você não saiba é que Galvão Bueno produz vinhos no Brasil e na Toscana com a marca Bueno Wines. Assim como tantas outras personalidades como Angelina Jolie, Brad Pitt, Madonna e Antonio Banderas, Galvão resolveu investir forte em uma de suas grandes paixões, o vinho.

No Brasil, Galvão tem como parceira a Vinícola Miolo. Começou produzindo vinhos com uvas da própria vinícola, mas rapidamente comprou terras na região da Campanha Gaúcha e agora, com uvas próprias, usa a estrutura da Miolo, para vinificar e engarrafar.

A ideia de Galvão, segundo o Marcio Marson, brand manager da Bueno Wines, é produzir apenas vinhos de alta gama. Como a marca preza muito pela qualidade, o investimento que está sendo feito para atingir esse objetivo é alto.

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Na linha brasileira, A Bueno Wines tem 4 vinhos: Cuvée Prestige (R$ 90), um espumante feito pelo método tradicional com boa complexidade no aroma, mas com um final de boca um pouco curto. Bella Vista Estate Sauvignon Blanc (R$ 70), que não lembra nem de longe o sauvignon blanc chileno, muito comum por aqui. Segundo Márcio, a inspiração de Galvão é o estilo mais floral e aromático do sauvignon blanc da Nova Zelândia.

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Na mesma linha fazem também um pinot noir, o Bella Vista Estate Pinot Noir (R$ 70) e por último, mas não menos importante, o Bueno Paralelo 31 (R$ 90), um tinto austero, inspirado nos vinhos do velho mundo. É  um blend de cabernet sauvignon, merlot e petit verdot.

Do outro lado do Altlântico

Galvão Bueno conduz seus negócios no vinho de forma apaixonada, segundo Alex Reiller, também brand manager da marca Bueno Wines. Alex, que trabalha com Galvão há mais de 10 anos, foi um dos responsáveis pelo projeto de Galvão Bueno na Toscana. Foi ele que apresentou Galvão Bueno a Roberto Cipresso, winemaker famoso que dá consultoria para diversas vinícolas na Italia e também para outras tão famosas, como a Achaval Ferrer, na Argentina.

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Desta parceria, nasceu a linha Bueno-Cipresso, produzidos na região de Montalcino. Por enquanto, são apenas dois tipos: o Bueno La Valletta (R$ 180), um 100% sangiovese, muito típico no nariz com notas de terra, folhas secas, frutas negras e na boca é moderno, bem macio e acidez equilibrada. O segundo é o belo Bueno-Cipresso Brunello de Montalcino 2007 . Na degustação que aconteceu na Vino & Sapore, promovida pelo Marcio Marson, provamos o Brunello das safras 2005 e 2007 e por último o Bueno-Cipresso Brunello de Montalcino Riserva 2004. As diferenças entre eles são grandes.

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O Bueno-Cipresso Brunello de Montalcino 2005 é o clássico brunello, com muito frescor, corpo médio, taninos rústicos e aromas complexos e muito exuberantes de fruta vermelha fresca, cravo e notas de balsâmico. O Bueno-Cipresso Brunello de Montalcino 2007 (R$ 360) tem um estilo mais moderno, taninos polidos, carnudo, notas de tabaco e couro evidentes e bastante potente. Por fim, o Bueno-Cipresso Brunello de Montalcino Riserva 2004 (R$ 630). Um monstro. Bom corpo, acidez equilibrada e taninos finos, mas em grande quantidade, sinalizando que mesmo com 10 anos de idade, ainda tem muito tempo pela frente para evoluir.

Acredito que a Bueno Wines tem grandes chances de despontar no Brasil como uma marca de vinhos boutique e também de levar ao mundo, no caso da linha de vinhos brasileiros da marca, uma boa imagem dos vinhos feito no Brasil, mas, para isso, apesar da grande contribuição da Miolo nos negócios, tem que fazer seu voo solo para ganhar sua própria identidade.

Os vinhos da Bueno Wines você encontra na Miolo ou na loja Vino & Sapore, em São Paulo.

5 comentários em “Provei os vinhos do Galvão Bueno”

  1. Onde encontro o vinho Lá Valletta 2011?. Como faço para comprar?

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