Os ótimos e consistentes vinhos espanhóis da Bodegas Beronia

Mais um vez fui convidado pela Inovini para provar os vinhos da Bodegas Beronia. Desta vez tive a honra de participar de um almoço com o “pai” dos vinhos, o enólogo Matías Calleja Ugarte. Este homem calmo, de boa conversa, trabalha há mais de 30 anos na bodega e já passou por todos os estágios da produção do vinho. Ele sabe muito, principalmente que, para se produzir grandes vinhos como se fazem na Espanha, tem que se ter paciência. O vinho fica em barricas por longos períodos e depois que é engarrafado, também descansa por mais 2, 3 anos.

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Para a vinícola isso é um problema, pois se estoca uma quantidade enorme de vinho por muito tempo. Vinho guardado, é vinho imobilizado e a palavra imobilizado não é boa para os negócios. Para nós, é uma maravilha, pois o vinho chega pronto, ou quase pronto, em nossas taças.

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Iniciamos a degustação, provando um vinho branco, o Beronia Viura 2012 (R$ 69). A uva Viura, também chamada de Macabeo, é muito utilizada na produção da Cava, o espumante espanhol. Vinhos tranquilos como esse feitos só de Viura, vejo raramente. É um vinho branco muito cítrico e mineral, até levemente salgado, mas no paladar é macio e de acidez moderada. Um vinho perfeito para frutos do mar.

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Na sequência provei o Beronia Crianza 2010 (R$ 81). Um tinto leve, despretensioso, de aromas predominantes frutados, leve baunilha e tostado. No paladar é leve, fresco, boa acidez. Uma ótima opção para acompanhar uma boa pizza ou massas com molho vermelho.

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Em seguida provei o Beronia Reserva 2009 (R$ 109) que mantém a mesma qualidade e elegância do Beronia Reserva 2007. Mais complexo, muito fino e elegante, com notas de frutas vermelha, mentolado, tostado e no paladar, muita acidez, taninos bem vivos e presentes e notas de madeira e tabaco. Com certeza, o melhor custo benefício da linha.

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Para finalizar, o Beronia Gran Reserva 2006 (R$ 198), com 8 anos e muita vida pela frente. Um vinho potente, mas elegante. Aromas que lembram fruta vermelha, tabaco, chocolate, baunilha. Na boca, taninos ainda vivos, presentes, acidez excelente e final muito longo.  Matías disse que é um vinho que envelhece bem por 20, 30 anos.

Quando estávamos encerrando, Matías nos trouxe uma surpresa – um Beronia Gran Reserva 1982! Simplesmente 32 anos de longa evolução diretamente para a minha taça. O José Luiz Pagliari, que estava com a gente, definiu bem o aroma desse vinho – “um bálsamo”. Cor atijolada bem clara, aromas de frutas secas, tabaco, couro, balsâmico e tostado. Na boca, um vinho ainda muito vivo, com ótima acidez e taninos finos, mas ainda presentes. Uma preciosidade e um verdadeiro privilégio, poder provar um vinho desse em tempos de tanta pressa.

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Os vinhos da Bodegas Beronia você encontra na Inovini.

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