Na semana passada pude participar mais uma vez da Masterclass do 4º Tasting Wines of Chile em São Paulo. Desta vez, o tema da degustação foi “Os Extremos do Chile” e foi conduzido brilhantemente pelo sommelier chileno Héctor Riquelme.
O Chile é o país que mais me surpreende positivamente nos últimos tempos. Mesmo depois de provar muita coisa boa e me convencer de que eles já estão no caminho certo, me oferecem algo novo. Projetos como o pinot noir que a Ventisquero está fazendo no deserto do Atacama ou mesmo o vinho de uva cinsault da De Martino, podem te confundir. Provando às cegas, duvido que você diga que o país de origem destes vinhos é o Chile. Felizmente são.
Várias e boas surpresas estão chegando para a alegria dos apaixonados pelo vinho chileno.
Abaixo deixo minhas impressões sobre a degustação:
- Lago Ranco Sauvignon Blanc 2013 (Casa Silva)
Um vinho branco quase transparente de tão claro, notas cítricas e um leve toque vegetal. Acidez cortante, limão, maçã verde bem marcante, final longo.
- Talinay Chardonnay 2012 (Tabali)
O vinhedo é o único do Chile plantado sobre solo calcário e o vinho é fermentado 100% em barricas de carvalho francês. Aromas delicados que lembram frutas como abacaxi, melão e leve amanteigado. No paladar a acidez é bem alta, mas muito macio.
- Los Patricios Chardonnay 2010 (Pandolfi Price)
Um chardonnay que fermenta e passa 22 meses em barricas de carvalho. Cor dourada, aromas que lembram frutas passadas e leves notas oxidadas e tostado. Na boca é potente, bom corpo, boa acidez e final longo tostado. Um chardonnay bem diferente que lembra Jerez.
- Gallardía del Itata Cinsault 2013 (De Martino)
Cor rubi bem clara, notas de cereja e groselha. Na boca é bem fresco, corpo leve. Um vinho divertido para se beber mais frio.
- Outer Limits Old Roots Cinsault 2013 (Montes)
Mais intenso que o anterior. Fruta vermelha bem fresca também, tostado. Muita acidez, corpo leve e frutado.
- Tara Red Wine 1 Pinot Noir (Ventisquero)
Cor rubi bem clara levemente atijolada. Aromas típicos dos pinot noir da borgonha – cereja fresca, terroso e mineral intenso. Taninos firmes, fruta fresca, notas minerais bem aparentes e final longo.
- Los Despedidos Pais 2013 (San Pedro)
Feito de uma uva rara no Chile, a uva pais. Cor violeta bem clara e aromas aue lembram cereja e groselha e um toque de caramelo. Na boca se repete a fruta bem fresca e a ötima acidez. um vinho leve para ser bebido mais frio.
- Syrah Aconchagua Costa 2012
Os vinhedos estão numa região mais fria e com influência do mar o que dá um caráter mais fresco e mineral ao vinho. Aromas de frutas negras maduras, especiarias. Taninos bem finos e firmes, acidez alta. Um syrah fresco e equilibrado.
- El Insolente Carignan 2010 (Rogue Wine)
Um vinho bem escuro, com notas intensas de fruta negra bem madura, terra molhada, floral, mentolado e tostado. Na boca é fresco, frutado com taninos firmes e em grande quantidade. Ótimo carignan.
- Piedras Pizarras Cabernet Sauvignon 2013
Um cabernet que expressa muito bem o estilo de vinho que o Chile está buscando – um vinho fresco, fruta madura e ótima acidez que deixa o vinho muito elegante e fácil de beber.
gracias por asistir y su comentario, es bueno ir mostrando poco a poco un Chile distinto. salud
Puxa Alexandre, que degustaçao incrível. Eu realmente nunca provei um Cinsault do Chile, muito menos um Carignan. Muito interessante eles terem trazido essas novidades para a Master Class, mostrando que o Chile é bem mais do que somente Carmenere e Cabernet Sauvignon.
Vou procurar os vinhos para comprar.
Grande abraço,
Ale
Alessandra Esteves
http://www.damadovinho.com.br