Ótimos momentos com Chateau Montelena Chardonnay 2009 e Chateau Montelena Cabernet Sauvignon 2007

Em mais um encontro da única e inimitável Confraria da Mentira, eu meus intrépidos companheiros Cristiano Orlandi, Emerson Donadon e Daniel Perches, nos encontramos no restaurante Eñe em São Paulo. O tema da confraria não poderia ser melhor – provar os vinhos de uma das mais famosas vinícolas americanas, o Chateau Montelena.

Para quem não conhece, essa vinicola ficou mundialmente famosa por causa do “Julgamento de Paris”, uma degustação às cegas realizada em 24 de maio de 1976 pelo crítico inglês Steven Spurrier, que confrontou os vinhos californianos com os mais famosos vinhos franceses. Nesta oportunidade os vinhos brancos americanos bateram os melhores vinhos da Borgonha feitos da mesma uva chardonnay e os tintos superaram os melhores e mais famosos vinhos de Bordeaux. Um evento que marcou a história do mundo do vinho, pois ficou provado que o Novo Mundo poderia produzir vinhos iguais ou melhores que os tradicionais vinhos do Velho Mundo.

As garrafas foram compradas pelo nosso confrade Daniel Perches na própria vinícola. Nesta mesma ocasião, ele entrevistou o proprietário, Bo Berret. Veja como foi o papo:

Isto posto, resolvemos não fazer um confronto com vinhos franceses como na história, mas apenas disfrutar dessas maravilhas e provar um pouco da história do vinho, na companhia dos amigos mentirosos. Vamos aos vinhos:

Chateau Montelena Chardonnay 2009

Começamos logicamente pelo mais famoso deles, o Chateau Montelena Chardonnay 2009. Um chardonnay de extrema elegância. Cor dourada, aromas tímidos de fruta como pêssego e abacaxi, além do toque mineral. Na boca é muito melhor que no nariz. Acidez excelente, muito macio e com um toque amanteigado no final. Dá pena de beber o último gole. Não é só história, o vinho é bom mesmo.

 Chateau Montelena Estate Cabernet Sauvignon 2007

Se você colocar a taça no nariz às cegas, não terá dúvidas que é um bordeaux, mas não é. Notas de couro, terra molhada, especiarias e a fruta vermelha (cereja), que aparece em segundo plano. No paladar muita acidez, taninos vivos e em grande quantidade e um final muito longo de café torrado. Corpo médio, elegante, sem arestas.

Dois grandes vinhos da Califórnia que não entregam apenas propaganda, mas também muita qualidade e prazer.

Deixe um comentário