Muita coisa boa no 1º Granja Viana Wine Fest

Imagine um lindo dia de Sol, céu azul, com aquela temperatura amena e aconchegante do inverno e ainda num lugar cercado de verde. Esse foi o cenário do último sábado na primeira feira produzida pelo valente amigo João Filipe da Vino & Sapore.

Ao lado de sua loja que fica na arborizada Granja Viana, nos arredores de São Paulo, ele montou uma feira com um pouco de tudo de bom que só ele sabe garimpar. Vinhos, antepastos, doces e até chás fizeram a alegria de quem esteve por lá.

Como sempre, saí fazendo meu garimpo, dentro do garimpo do João e destaquei abaixo alguns bons vinhos que provei por lá:

Primeiro provei o Unique Sauvignon Blanc 2010, um otimo sauvignon feito no Vale do Loire. Clarinho na taça, de aroma intenso de frutas cítricas, macio na boca e acidez bem equilibrada. Belo branco. Na sequência dos vinhos leves, conheci o Costaripa Rosamara Rosé 2011, que segundo o importador foi classificado como o “melhor rosé do mundo” em um concurso francês. Independente da premiação que desconfio sempre, o rosé é bom mesmo. Linda cor rosada, de aromas complexos de frutas vermelhas frescas, flores e amêndoas. Na boca é aveludado e se repete a característica amendoada com um toque de chocolate amargo. Bem bom e diferente dos rosés que já provei.  Para fechar os brancos, o Quinta de Linhares, um belo vinho verde feito de arinto, muito fresco e aromático.

Seguindo com os tintos, provei o Malhadinha 2008, simplesmente sensacional e o Aragones da Peceguina 2009, mais simples que o primeiro, mas ótimo também. Muito expressivo no nariz ressaltando bastante a cereja fresca e o mentolado e na boca um vinho que nasceu para ser gastronômico. Bela acidez. Provei também do mesmo produtor o azeite Malhadinha (não filtrado), excepcional. Deve chegar em breve no Brasil.

Explorando a África do Sul, provei novamente esse incrível vinho, o Les Coteaux Mont du Toit 2004. É um corte de alicante bouschet, cabernet sauvignon, merlot, mourvèdre e shiraz, que nasceu com muito em tudo. Muita expressão aromática, muita acidez, taninos ainda vivos para seus 8 anos de vida e deixa no final de boca aquele sabor de café tostado. Passa 22 meses de barrica. Um achado por menos de 100 pilas.

Dois italianos também me chamaram a atenção: o L’Assioma Albarossa  2009, um corte delicioso de barbera com nebbiolo, de muita acidez, frutado e um toque elegante de anis e também o Dezzani Barbaresco 2007, ótimo representante, muita fruta vermelha, caramelo, taninos em grande quantidade e final de boca muuuito longo. Tudo isso por menos de 100 paus, de novo.

Os brasileiros também foram bem. Provei o Antonio Dias Tannat 2009, com aromas de couro, chocolate, animal e paladar muito fresco, amparado pelos taninos rústicos da tannat. O Bela Quinta 2005 um cabernet sauvignon simples e bem feito. Bom frescor, macio, bom corpo e estruturado. Passa apenas 8 meses de barricas de segundo uso, só pra arredondar e preservar a fruta. Por fim, provei o Churchill Cabernet Franc 2008. Muito aroma de cereja madura, café torrado, chocolate e paladar também bastante marcante com taninos muito finos. Um vinho para se beber com calma.

Cheguei às 14:00hs e estava bem tranquilo. Quando saí, às 17:00hs, estava lotado. Sucesso absoluto.

Espero que o João melhore cada dia mais a feira porque realmente o potencial da região é enorme.

Seguem as fotos do evento e dos vinhos:

 

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