Ultimamente tenho provados muitos vinhos com 8, 10 anos de idade e entre uma taça e outra, sempre dividindo com bons amigos, estamos chegando juntos à conclusão que a maioria deles não foi feito para envelhecer. Você poderia até pensar que estou falando só de vinhos do novo mundo como Chile, Argentina ou mesmo Brasil, mas não, abrimos também vinhos da Italia, França e Espanha. Muitos destes perderam o brilho com o tempo e estavam longe de seu auge. Serão sinais dos tempos (e vinhos) modernos?
Independente dessa mostra, alguns deles fugiram à regra e uma dessas exceções foi o House of Morandé 2006. Esse é um grande vinho chileno feito por um mestre, o enólogo Pablo Morandé. Esse vinho é um corte de uvas cabernet sauvignon, cabernet franc e carmenere, que só é feito em safras excepcionais, como esta.
A cor já estava levemente atijolada, mas a intensidade dos aromas revelaram esse grande vinho. Notas de balsâmico, couro, chocolate e a fruta negra, bem madura, ainda estava lá. Na boca muito corpo, frutado, acidez espetacular, taninos já polidos e finos e um final longo.
Tive a felicidade de levá-lo para beber no El Tranvia, uma parrilla uruguaia aqui em Campinas que, além de excelente, não cobra taxa rolha. Cada gole dessa maravilha acompanhou um pedaço tenro de carne e fez meu domingo ainda mais feliz.
Esta safra não está mais disponível no mercado, mas o House of Morandé você pode comprar Grand Cru.
Tenho ainda 4 garrafas do House of Morandé safra 2006.
Gostaria de saber qual o valor deste vinho excepcional hoje?