Comprei esse Nieto no Freeshop, na volta da última viagem que fiz ao Chile. Paguei baratim, baratim e o guardei com o maior carinho, para deixá-lo amadurecer por mais um ano, no mínimo. Daí estava eu movendo minhas queridas garrafinhas de um armário para outro, quando vi debaixo desse, um rastro de vinho. Não deu outra – defeito na rolha, vazou. Como não tinha jeito de guardá-lo novamente, “tive” que abrir. ;o)
Gosto muito dos vinhos da Nieto e já escrevi aqui no blog sobre algumas boas experiências que tive. Esse é de uma linha superior, um blend de CS, merlot e malbec. A garrafa por si só, já se vende – muito bonita, mas o que interessa é o que vem dentro.
Um vinho de cor púrpura escuro, muito escuro. Lágrimas muito lentas na taça, deixam manchas por onde passam. Aromas marcantes e complexos de frutas negras (ameixas) madura, especiarias (pimenta), tostado e café. Na boca um vinho potente, “carnudo”, porém equilibrado. Seus 14% de álcool lhe deram corpo, mas mesmo assim, integrados ao conjunto. Taninos presentes prendem a boca, mas nada agressivo. Final longo, persistente.
Com certeza cometi um “infanticídio” abrindo esse 2006 agora, mas não teve jeito. De qualquer forma, foi uma excelente experiência perceber toda sua potência e longevidade.
Um grande vinho que vale a pena conhecer.