Graças ao bom Deus, eu bebi boas doses de champagne no ano de 2012. Primeiro porque viajei algumas vezes e como o preço lá fora é irresistível, a gente acaba enchendo a mala. Segundo e mais importante motivo – o preço do champagne vendido aqui tem baixado. Tenho visto várias boas opções na faixa dos 100, 150 reais e isso anima.
Eu sei que você pode achar que ainda é caro, mas perto do que já custou no passado, aos poucos está se tornando possível. E sempre é bom lembrar: champagne é champagne.
O champagne Piper Heidsieck Rosé Sauvage foi um daqueles que pularam em minha mala. O Andrei Polessi, membro de nossa Confraria da Mentira e voraz bebedor de champagne, comentou comigo que por mais de uma vez, bebeu esse champagne e o achou diferente de tudo o que havia provado.
Como eu estava com a memória fresca dos últimos champagnes que provei, resolvi abrir o bendito para matar a curiosidade e a confirmação veio: é diferente mesmo. Não tem aquele toque de fermento e panificação óbvio das demais. Até na cor é diferente. É um rosé escuro. O aroma é bem frutado lembrando cereja madura e na boca, além da acidez espetacular e da fruta, deixa por um longo tempo um sabor defumado muito marcante que nunca percebi nos outros champagnes rosé que provei.
Um champagne gastronômico por natureza e intenso em tudo. Na cor, no aroma e no sabor. Vanessa comentou que a harmonização perfeita seria um salmão defumado, mas eu ainda acho que esse champagne aguenta pratos ainda mais pesados. Vale testar.
Que este novo ano traga muitos momentos felizes como esse.
Saúde e feliz 2013!