Essa atividade de provar tantos vinhos às vezes nos prega peças. Muitos dos vinhos que comprei nesta vida, foram por indicação de amigos, publicações e claro, blogs. Dificilmente critico vinho por aqui, porque entendo que beber vinho é uma atividade prazerosa. Se não gosto, não falo, mas esse em especial me fez escrever este “post desabafo”.
Sempre antes de comprar, busco informações de quem já bebeu, principalmente se o valor for alto como é o caso desse, o Manso de Velasco Cabernet Sauvignon 2007. Comprei-o no Chile em uma das viagens que fiz recentemente por um bom preço, mas aqui no Brasil custa caro, em torno de R$ 200,00.
É produzido no Chile pela tradicional vinícola espanhola Miguel Torres. Feito 100% de cabernet sauvignon, passa 18 meses em barricas de carvalho. Segundo o site da vinícola, o nome vem da homenagem feita ao fundador da cidade de Curicó de onde vem as uvas, Don José Manso de Velasco. Muito bem.
Se a expectativa era alta eu não sei, mas achei bem decepcionante. Tentei encontrar todos os tais atributos que li nas revistas e entender sua alta pontuação, mas sinceramente não consegui. Inegavelmente é um vinho bem feito, mas nem de longe percebi a exuberância que descreveram alguns. Tem taninos finos, aromas de média intensidade de fruta vermelha madura, café e aquela nota herbácea bem evidente. A acidez que inicialmente era bem baixa, apareceu depois em contraste com a gordura do prato. O final era bem ligeiro.
Não sei se consegui ser claro na descrição acima, mas não vi nada demais.
Enfim, como diz o velho ditado: “A verdade está na taça”.
Alexandre, talvez a safra de 2007 não tenha produzido o melhor Manso de Velasco, até porque esse vinho só atingiu sua melhor pontuação em safras de outros anos. Ao pesqueisar sobre encontrei as seguintes premiações: WS 91 (06) | DESCORCHADOS 2010 (Melhor Tinto de Chile) 95 (06) | WE 93 (08) | Guia Peñin 93 (08).
Há uns meses atrás abri uma garrafa de Manso de Velasco 2011 e seguramente o vinho não tem essa descrição que você fez. Pois bebi um vinho complexo, encorpado, com ótima acidez e boa permanência em boca.
Oi Gerson,
Concordo plenamente com você.
Pode ter sido a safra ou até mesmo esta garrafa especificamente, mas com certeza este que bebi não fez jus à fama.
Espero bebê-lo novamente para tirar a dúvida.
Obrigado pelo comentário.
um grande abs!
Ale
Tomei no Chile, o 2009, e achei bom, e com a assinatura de
Miguel Torres. Comprei ao chegar no Brasil por R$130 na
época (há 4 anos) e ja depois tb, sou fã deste vinho.
Alexandre,
Estou no Chile neste momento. Junto comigo, um filho de minha Mulher, que leva o sobrenome Velasco.
Dia 4 agora, seu aniversário. Irei leva-lo para conhecer a Bodega que fabrica tal vinho.
Certamente, irei prova-lo com mais atenção, depois de seu comentário.
Retornarei em seu blogue.
H. Vargas
Oi Vargas,
Aproveite a viagem e o vinho!
um abs!
Alexandre
Realmente no mundo do vinho as vezes temos surpresas inesperadas, principalmente quando se trata de vinhos com tanto marketing e glamour como esse, porém não querendo suspeitar das pontuações e também de sua avaliação acho que a melhor experiencia e abrir um vinho e degusta-lo pois assim como perfume cada pele tem o que melhor se destaca também é o vinho!!
Meu Caro Alexandre, você tem toda razão.
Concordo com sua avaliação e tenho sempre dito a amigos:
“QUANTO AO RESULTADO, FUTEBOL, SÓ DEPOIS DE ACABADO, VINHO, SÓ DEPOIS DE PROVADO.”
Boa Rocha!
aprendi mais uma. 🙂
obrigado pela visita.
abs!
Alexandre
Acho legal você comentar o que não gosta também, principalmente vinhos caros. Porque aqui no Brasil para se beber vinho tem que ter informação, pois os preços são absurdos. Eu faço questão de comentar com meus amigos tanto os que gosto como os que não. Se morasse nos EUA talvez comentasse apenas os bons. Abraços.