Sucre – Bons vinhos chilenos nas mãos de uma brasileira

A convite da Wine Company, estive na apresentação dos novos vinhos da Sucre, marca criada por Ângela Mochi, proprietária da importadora.

A Ângela é um pessoa adorável e carismática e que tem uma história muito interessante com os vinhos: era uma consumidora de vinhos (como eu e você), que resolveu abrir uma loja, que depois abriu uma importadora e que agora, arrendou um vinhedo no Vale do Maule no Chile, para fazer seus próprios vinhos, ou seja, ela trilhou o caminho inverso da maioria dos produtores e isso faz toda difereça, porque segundo ela, esse olhar de consumidor lhe dá a clareza de colocar na mesa do brasileiro, um vinho de ótimo custo-benenefício e fácil de beber. E parece que está conseguindo.

Na degustação, degustamos 3 vinhos da linha varietal e mais 3 da linha reserva. Vamos aos vinhos:

Sucre Sauvignon Blanc 2009
Palha quase transparente com reflexos esverdeados. Aromas de média intensidade de frutas cítricas (maçã-verde), herbáceo, mineral. Boa acidez, refrescante e final curto.

Sucre Carmenère 2008
Aromas de fruta vermelha madura e um toque balsâmico. Corpo médio, equilibrado, taninos finos e leve amargor no final.

Sucre Cabernet Sauvignon 2008
Vinho muito jovem, mancha a taça. Fruta vermelha madura, especiarias, chocolate. Corpo médio, ótima acidez e carga tânica maior que o carmenère.

Sucre Reserva Carmenère 2008
Fruta vermelha (cereja), couro, especiarias, café e leve toque herbáceo. Macio na boca, corpo médio, boa acidez e final curto.

Sucre Reserva Syrah 2008
Cor rubi de média intensidade, aromas de madeira molhada, fruta vermelha adocicada e especiarias. Taninos presentes, mas nâo agressivos, equilibrado.

Sucre Cabernet Sauvignon Reserva
Aromas de café torrado, caramelo, frutas vermelhas maduras, baunilha e couro. Na boca apresenta bom corpo e persistencia. Foi o que mais gostei.

A Ângela me contou ainda, que todos os cortes tiveram pelo menos uma parcela pequena de syrah. Perguntei o motivo e ela foi direta: “Adoro syrah e o toque perfumado de especiarias que ela confere ao vinho me encanta”. Outro fato interessante é que ela busca sempre a menor intereferência possível da madeira em seus vinhos, preservando o frescor e a leveza.

São vinhos ainda jovens, de vinhedos também jovens (10, 12 anos) e que estão evoluindo a cada safra. Já foram bem pontuados na feira Expovinis e citados por quem entende do assunto, como Marcello Copello, João Felipe Clemente e acho que eles tem razão.

Bons vinhos a um custo honesto, merecem a nossa atenção.

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