EOLO x EOLO

Se tem uma uva em que refinei meu paladar neste ano, foi a malbec. Provei centenas de vinhos feitos de malbec, em minha última viagem às regiões de Salta e Mendoza.

Confesso que eu tinha um certo preconceito com essa uva que inunda o mundo, mas depois de provar tantos, de regiões tão diferentes e feitos por enólogos com estilo tão distintos, deu para perceber o potencial que esta uva tem, e também, o motivo do sucesso desse vinho pelos quatro cantos do mundo.

A Trivento, vinícola que pertence ao grupo Concha y Toro, além de seu vasto portifólio, produz um desses grandes malbecs. Seu nome é EOLO. Recentemente tive a oportunidade de provar o EOLO em uma degustação vertical. O consagrado e pontuadíssimo EOLO 2008, ao lado do lançamento EOLO 2009.

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 O EOLO 2008 realmente impressiona, mas não é um malbec 100%, mas sim um corte com cabernet sauvignon e petit verdot, mas com predominância da malbec. Aroma bem intenso de fruta negra como cereja e ameixa madura, toque floral, tabaco e terra molhada. No paladar é potente, frutado, taninos em grande quantidade, mas polidos, ótima acidez e um longo final. Um espetáculo.

Já o EOLO 2009, é feito 100% de malbec e com ela, veio a elegância. No nariz, as notas de frutas negras maduras, o toque floral característico desta uva e notas de especiarias. O paladar é bastante frutado, macio, notas de chocolate e acidez equilibrada. Um malbec muito bem feito e elegante.

O mesmo vinho onde impera a malbec com leituras tão diferentes, um mais expressivo e potente e outro mais fino e elegante, o que me confirma novamente a enorme versatilidade desta uva.

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